Os 32 melhores livros do mundo (de todos os tempos)


Laura Aidar
Revisão por Laura Aidar
Arte-educadora, fotógrafa e artista visual

Os livros são companheiros de todas as horas, carregando histórias capazes de atravessar séculos e séculos. Muitas vezes temos vontade de ler os clássicos, mas existem tantas obras fundamentais que nem sabemos por onde começar...

Por isso selecionamos 30 títulos que consideramos muito importantes para a cultura ocidental. São obras clássicas, premiadas e com grande reconhecimento, tanto que arriscamos dizer que são os melhores livros de todos os tempos.

1. Ao Farol (1927)

Ao Farol (1927).

Virginia Woolf (1882—1941) foi uma inconfundível escritora inglesa que marcou profundamente a história da literatura ocidental e, em particular, o modernismo.

Ao Farol, lançado em maio de 1927, é considerado um dos livros mais importantes do movimento e também um dos melhores romances de sempre.

A narrativa segue a família Ramsay e os verões passados na sua casa de praia, na ilha de Skye. Mais do que a história que é contada, a leitura vale a pena pelas suas reflexões sobre a infância, a memória e as relações humanas.

2. A casa dos espíritos (1982)

capa do livro A casa dos espíritos

Escrito pela chilena Isabel Allende, esse é seu livro mais famoso. Com muita inteligência e criatividade a escritora nos conta uma história cheia de fabulações, mas que traz uma atmosfera real.

Assim, o que ela produz é uma narrativa envolta em realismo fantástico que nos faz compreender parte da história de seu país.

É acompanhando os integrantes da família Trueba que mergulhamos em três gerações que precisam lidar com os conflitos, amores, ideologias políticas, traições, lutos e tudo o que a vida reserva.

3. Memórias póstumas de Brás Cubas (1881)

capa do livro Memórias póstumas de Bras Cubas

Essa é uma obra muito importante na literatura universal. No Brasil tem especial relevância por ter sido a que inaugura o movimento realista no país.

Foi lançada pela primeira vez em 1881 pelo carioca Machado de Assis e inovou a forma de narrativa ao trazer como protagonista um personagem que conta sua vida após a morte, um "defunto-autor".

Aqui acompanhamos Brás Cubas, um sujeito vindo de uma família rica que leva uma vida bastante controversa, com opiniões e comportamentos pouco nobres.

4. Cem Anos de Solidão (1967)

Cem Anos de Solidão (1967)

O livro mais recente desta lista e um dos mais renomados da literatura latino-americana, Cem Anos de Solidão é um romance do colombiano Gabriel García Márquez (1927—2014).

A narrativa é passada na aldeia fictícia de Macondo e segue várias gerações da família Buendía–Iguarána, explorando temas como a memória e o esquecimento.

Considerado o expoente máximo do realismo mágico, o livro combina a árvore genealógica da família com inúmeros acontecimentos fantásticos que aconteciam na região e são relatados com enorme naturalidade.

5. O Rei Lear (1606)

Rei Lear (1606)

William Shakespeare (1564—1616) quase dispensa apresentações: o escritor e dramaturgo inglês é apontado como o maior autor da língua inglesa e também como o "pai do teatro".

O Rei Lear, uma de suas obras-primas, é uma tragédia inspirada no folclore britânico que conta a história de um rei que foi traído por duas de suas filhas, motivadas pela ganância.

Pensando questões intemporais como as relações familiares, a loucura e o poder, a obra se tornou uma enorme influência na história da literatura.

6. Moby Dick (1851)

Moby Dick (1851)

Herman Melville (1819—1891) foi um escritor norte-americano que ficou conhecido principalmente pelo sucesso esmagador do romance Moby Dick.

Na época, o livro não agradou a crítica nem o público, e a carreira do autor entrou em declínio. Décadas depois da sua morte, Moby Dick passou a ser encarado como um dos grandes romances norte-americanos.

Passado no mar, o livro conta a história de um navio baleeiro que persegue e ataca várias vezes um cachalote sem conseguir matá-lo. Com descrições sobre a caça de baleias e a obsessão pelo animal, a obra também problematiza temas como a divisão de classes e até a existência de Deus.

7. A Divina Comédia (1304 - 1321)

A Divina Comédia (1304-1321)

Dante Alighieri (1265 - 1321), o "sumo poeta" da língua italiana é eternamente lembrado pela sua obra-prima, A Divina Comédia.

O poema renascentista, de inspiração épica e temática religiosa, está dividido em três partes, que correspondem aos três espaços do pós-vida: Inferno, Purgatório e Paraíso.

O protagonista da narrativa é o próprio Dante, que atravessa os três locais e conversa com várias figuras que faziam parte da sua vida ou do seu imaginário.

Estabelecendo uma síntese do conhecimento filosófico e científico da época, A Divina Comédia aponta que o ser humano deve seguir o caminho do bem e fazer aquilo que é ético.

Confira a análise completa de A Divina Comédia.

8. O jogo da amarelinha (1963)

capa do livro O jogo da amarelinha

Ese clássico da literatura latino-americana foi lançado pelo argentino Julio Cortázar em 1963.

Narra o romance entre um intelectual, Horacio Oliveira, e Maga, uma misteriosa uruguaia. A forma como o autor concebeu a obra carrega elementos surrealistas e convida quem lê a construir junto a experiência da leitura.

Sem dúvida um grande livro, visto por alguns teóricos como inclassificável, tamanho seu pioneirismo.

9. O Livro do Desassossego (1982)

O Livro do Desassossego

Fernando Pessoa (1888—1935) foi um dos mais prolíficos e importantes autores da literatura portuguesa, conhecido por atribuir os seus textos a heterônimos com estilos e valores bastante distintos.

O Livro do Desassossego, apenas publicado em 1982, foi escrito durante mais de vinte anos e assinado por Bernardo Soares, um semi-heterônimo do autor.

Composta por anotações, excertos e textos soltos, a obra parece ilustrar a própria fragmentação do sujeito e contém grandes questionamentos sobre o indivíduo, a sua existência e o mundo que o rodeia.

10. Pantagruel (1532)

Pantagruel (1532)

Pantagruel é a obra inicial da série de romances do francês François Rabelais (1494—1553) designada A vida de Gargântua e de Pantagruel.

Com dois gigantes como personagens principais (pai e filho), a narrativa se caracteriza pelo tom cômico e satírico, recorrendo a inúmeros trocadilhos de duplo sentido e ao humor escatológico e macabro.

A obra foi proibida pelo Index Librorum Prohibitorum de 1564 e entrou para história da literatura pela sua natureza desafiadora e provocatória.

11. Quarto de despejo (1960)

capa do livro Quarto de despejo

Quarto de despejo é uma obra icônica da brasileira Carolina Maria de Jesus. Publicado pela primeira vez em 1960, é um relato pungente da fome e da desigualdade social presentes em meados do século XX e que segue assolando o Brasil.

Carolina foi uma mulher negra, mãe solo e catadora de papel que viveu na favela do Canindé, em São Paulo nos anos 50. Ela mantinha diários onde narrava sua luta diária.

Quarto de despejo é uma compilação de seus escritos e fez muito sucesso no Brasil e em diversos países, sendo traduzido para mais de dez idiomas.

12. Madame Bovary (1856)

Madame Bovary (1856)

Gustave Flaubert (1821–1880) foi um grande romancista e contista francês que marcou a literatura internacional com as suas obras caracterizadas por uma visão realista e crítica da sociedade.

Madame Bovary é sua obra mais notória e causou bastante escândalo na época em que foi publicada. Trata-se de um duro retrato da vida burguesa e seus valores, protagonizado por Emma, uma jovem sonhadora que se desilude com o tédio da vida de casada.

Encarado como "o romance dos romances", o livro se destaca pela profundidade da análise psicológica das personagens e levou Flaubert aos tribunais, acusado de ofensa à moral e à religião.

13. Ilíada (séc. VIII a.C.)

Ilíada (séc. VIII a.C.)

A Ilíada, de Homero (928 a.C. – 898 a.C.), é considerada a obra fundadora da literatura ocidental. O poema épico reúne várias narrativas da tradição oral da Grécia Antiga e conta a história do final da Guerra de Troia.

Depois do sequestro da rainha Helena, os gregos uniram os seus exércitos e partiram para Troia, onde lutaram durante uma década. Além de mostrar episódios da batalha, a obra também demonstra a interferência dos deuses, que protegem alguns humanos e desfavorecem outros.

Entre outros personagens de destaque daquele riquíssimo imaginário, a Ilíada se foca no herói Aquiles e na sua fúria devastadora que culmina na morte sangrenta de Heitor, o príncipe troiano.

14. Guerra e Paz (1869)

Guerra e Paz (1865)

Considerado por muitos o melhor livro do mundo, Guerra e Paz é um extenso romance histórico, escrito pelo russo Liev Tolstói (1828—1910), que se passa na Rússia durante as guerras napoleônicas.

Cruzando os destinos de cinco núcleos familiares da aristocracia russa com comentários sobre os eventos históricos que ocorreram, a obra cativou os leitores e alcançou um grande sucesso.

Pela riqueza psicológica dos personagens e principalmente pelas suas considerações acerca do determinismo que anularia qualquer forma de livre-arbítrio, Guerra e Paz se tornou um clássico incontornável.

15. A hora da estrela (1977)

capa do livro A hora da estrela

Uma das escritoras mais relevantes no Brasil, sem dúvida, é Clarice Lispector. Seu romance A hora da estrela, publicado em 1977, ficou famoso e ganhou uma adaptação no cinema.

A trama apresenta Macabéa, uma jovem alagoana que chega no Rio de Janeiro e começa a trabalhar como datilógrafa. Sua vida é um completo vazio e a falta de propósito e ingenuidade chega a ser angustiante para quem lê.

Na realidade, Clarice aborda nesse livro muitas questões tanto existenciais quanto sociais, como a migração nordestina e desigualdades.

16. 1984 (1949)

1984 (1949)

1984 é uma das mais célebres distopias do mundo, escrita pelo inglês George Orwell (1903—1950). A história é passada em um mundo em guerra e vigilância constantes, onde um regime autoritário tem controlo sobre a população.

Na frente desse Partido que governa de forma tirana está um misterioso líder intitulado "Grande Irmão". Pensando a política e a vida em sociedade, a obra é uma crítica ao totalitarismo.

17. Grandes Esperanças (1860-1861)

Grandes Esperanças (1860 - 1861)

Grandes Esperanças foi um dos últimos romances escritos por Charles Dickens (1812—1870), um proeminente autor inglês do período vitoriano.

A história segue a vida de Philip Pirrip, conhecido por Pip, desde os sete anos de idade. Na infância, o órfão ajuda um prisioneiro a escapar da colônia penal para a qual estava sendo enviado.

Como recompensa, o homem lhe deixa uma grande quantia de dinheiro, cuja origem Pip desconhece. Mais tarde, quando o protagonista já é um cavalheiro, os dois se reencontram. O romance de formação se foca principalmente nas questões da moral e das relações humanas.

18. O Velho e o Mar (1952)

O Velho e o Mar (1952)

O Velho e o Mar é um livro do autor norte-americano Ernest Hemingway (1899—1961), lembrado pelas suas obras de ficção e também pela vida conturbada que levou.

A narrativa conta a história de Santiago, um pescador cubano já idoso, que enfrenta dificuldades financeiras. Durante uma das suas viagens pelo mar, ele acaba travando uma batalha de dias contra um peixe de enormes dimensões, até conseguir capturá-lo.

A obra sobre o envelhecimento e, principalmente, sobre a capacidade de superação do ser humano, obteve um grande sucesso na época da sua publicação e se tornou um clássico.

19. Dom Quixote (1605—1615)

Dom Quixote (1605)

Dom Quixote de La Mancha, de Miguel de Cervantes (1547—1616), é considerada a maior obra da língua espanhola, tendo alcançando um gigantesco sucesso pelo mundo a fora.

O protagonista, Quixote, é um homem tão apaixonado pelos romances de cavalaria que decide se tornar um cavaleiro e começa a confundir a fantasia com a realidade.

As aventuras do "Cavaleiro da Fraca Figura" e os inimigos que vai inventando pelo caminho ilustram o poder da imaginação enquanto lente transformadora do mundo. Por isso, o protagonista acabou virando um símbolo dos sonhadores e idealistas.

Confira a análise completa da obra Dom Quixote.

20. Ficções (1944)

Ficções (1944)

Ficções, uma das obras-primas do argentino Jorge Luis Borges (1899—1986) é uma coletânea de contos escritos entre 1941 e 1956.

As narrativas breves têm pontos em comum: por exemplo, os labirintos que parecem metaforizar a natureza humana e as relações interpessoais, assim como o próprio ofício literário.

21. Zorba, o Grego (1946)

Zorba, o Grego (1946)

Níkos Kazantzákis (1883—1957), considerado o maior pensador grego do século XX, também se destacou no campo da literatura.

Zorba, o Grego, uma das suas obras mais célebres, é um romance histórico narrado por um jovem intelectual que larga os estudos e vai viver junto das populações mais desfavorecidas.

É aí, junto das minas, que conhece um homem bem mais velho, Zorba, que se torna uma espécie de mentor. Ao longo da obra, a figura carismática partilha memórias e relatos de sabedoria acerca da sua vida e da própria humanidade.

22. O Processo (1925)

O Processo (1925).

Franz Kafka (1883—1924) foi um escritor de língua alemã, nascido em Praga, que é considerado um dos autores mais influentes do seu tempo.

O Processo, uma de suas obras mais célebres, é a história de Josef K, um homem que acorda em sobressalto ao ser informado que está envolvido em um processo judicial complexo. Na verdade, ao longo da narrativa, o protagonista não descobre qual a acusação que recai sobre ele.

Cheio de dúvidas existenciais, Josef afirma a sua inocência, embora desconheça o crime pelo qual querem condená-lo. O livro parece ser uma reflexão sobre a condição humana, o absurdo da vida e uma sociedade regida por burocracias e leis incompreensíveis.

23. Os Irmãos Karamazov (1880)

Os Irmãos Karamazov (1880)

Os Irmãos Karamazov foi o último romance publicado por Fiódor Dostoiévski (1821—1881), filósofo e escritor russo que continua sendo encarado como uma das mentes mais geniais de todos os tempos.

O livro é narrado por um indivíduo que observou a vida de uma família bem complexa que tinha dois filhos: Ivan e Aliêksei Fiodorovitch Karamázov.

O mais velho, Ivan, acaba entrando em uma desavença com o pai por causa de uma mulher chamada Gruchénka. O clássico de Dostoiévski se debruça, então, sobre um assunto universal: os conflitos entre pais e filhos.

24. As Mil e uma Noites (1704)

As Mil e uma Noites (1704)

Originárias do sul indiano e do médio oriente, As Mil e Uma Noites reúnem histórias do folclore e da tradição popular que antecedem o século IX. A obra teve várias versões; no ocidente, ficou conhecida através da tradução do francês Antoine Galland, publicada em 1704.

Xariar, o rei da Pérsia, tinha trauma de traições e por isso resolveu casar com uma nova mulher todas as noites, dormir com ela e ordenar a sua morte pela manhã. Xerazade, uma jovem noiva, decide escapar a esse destino terrível usando as histórias que aprendeu.

Através da sua esperteza e retórica, a mulher prende a atenção do rei e escapa, noite após noite, graças aos seus dotes de contadora de histórias.

25. O Estrangeiro (1942)

O Estrangeiro (1942)

O Estrangeiro é o livro mais famoso do francês Albert Camus (1913—1960), integrando uma parte da sua produção literária que ficou designada como o "ciclo do absurdo".

A narrativa é centrada em Mersault, um homem que recebe um telegrama anunciando a morte de sua mãe. Mesmo depois de visitar o local onde ela morava e comparecer ao seu velório, o protagonista permanece inalterado pela perda.

Pouco tempo depois, de forma aparentemente inexplicável, ele acaba assassinando um indivíduo com quem teve uma discussão. O clássico de Camus parece questionar a existência humana e a sua vulnerabilidade perante o destino.

26. O Homem sem Qualidades (1930—1943)

O Homem sem Qualidades (1943)

O Homem sem Qualidades é um romance filosófico do austríaco Robert Musil (1880—1942) que foi publicado em três partes e ficou inacabado, devido à morte do autor.

A obra é passada no final do Império Austro-Húngaro e começa sendo protagonizada por Ulrich, um matemático que busca uma espécie de sentido para a sua vida.

Trata-se, no fundo, de um retrato crítico da sociedade em que Musil vivia, que se estende aos vários quadrantes da população e seus comportamentos.

27. Fausto (1808)

Fausto (1808)

Escrito para ser representado no teatro, Fausto é um célebre poema épico do escritor alemão Johann Wolfgang von Goethe (1749—1832), uma voz essencial no romantismo do seu país.

O texto é baseado na figura de Johannes Georg Faust, um médico e alquimista alemão que existiu mesmo e, segundo a lenda, acabou vendendo a alma ao Diabo.

Na obra, ele faz um pacto com o demônio Mefistófeles, trocando a própria alma pelo acesso ao conhecimento. Goethe parece metaforizar a angústia do ser humano que busca o avanço, apesar das limitações do seu tempo.

28. Odisseia (séc. VIII a.C.)

Odisseia (século VIII a.C.)

Parte da valiosa herança da Grécia Antiga, a Odisseia de Homero é uma das obras mais influentes de toda a literatura ocidental. Seguindo o trilho de Ulisses depois da Guerra de Troia acabar, o poema épico narra as aventuras do herói que apenas tenta regressar a casa.

Pelo caminho, ele tem que enfrentar criaturas fantásticas e monstruosas e fugir da ira do deus dos mares que está, a todo momento, tentando derrotá-lo.

Conhecido principalmente pela inteligência fora do vulgar e pela capacidade de retórica, Ulisses se torna, nesta obra, um exemplo da resiliência do ser humano perante as maiores adversidades.

29. Hamlet (1609)

Hamlet (1609)

Hamlet, a tragédia brilhante de William Shakespeare, é também uma das mais influentes da literatura mundial e a mais encenada de sempre.

Depois da morte do rei Hamlet da Dinamarca, o seu irmão Cláudio casa imediatamente com a viúva, Gertrudes, e passa a ocupar o trono. O protagonista é o príncipe Hamlet que, depois de ver o fantasma do pai, descobre que o tio foi o culpado pelo seu assassinato.

Discutindo várias matérias, como filosofia, política e religião, Hamlet é provavelmente a maior obra focada nas temáticas da traição e da vingança.

30. Crime e Castigo (1866)

Crime e Castigo (1866)

Crime e Castigo é um romance de Fiódor Dostoiévski que se foca em Raskólnikov, um antigo estudante de Direito que comete um assassinato e, embora escape da lei, vive preso pela culpa.

Refletindo sobre inúmeras questões ligadas à filosofia, à psicologia e à sociedade da época, a obra pensa o sofrimento como uma forma de conseguir a salvação.

31. No caminho de Swann (1913)

Capa do livro No caminho de Swann.

No caminho de Swann é o primeiro volume de Em Busca do Tempo Perdido, a obra-prima do francês Marcel Proust (1871—1922) que foi publicada em sete livros.

Focada principalmente nas temática da memória, a narrativa do primeiro livro se centra nas lembranças de infância do narrador, passadas na aldeia de Combray.

Ele relembra o amor do seu vizinho, Charles Swann, pela cortesã Odette e também dos seus sentimentos de ciúme e desconfiança. A obra se destacou ainda por abordar a homossexualidade feminina, ilustrada pelo medo de Swann em ser traído com uma das amigas de Odette.

32. Orgulho e Preconceito (1813)

Orgulho e Preconceito (1813)

No topo da nossa lista está uma obra da grande autora inglesa Jane Austen (1775—1817), uma das vozes femininas mais imponentes de um cânone dominado por homens.

Seguindo os destinos de cinco irmãs, pertencentes à família Bennet, o romance segue as suas paixões proibidas, dando voz às vivências das mulheres e, sobretudo, ao modo como elas eram educadas unicamente para o casamento e a maternidade.

Confira a análise completa da obra Orgulho e Preconceito.

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Laura Aidar
Revisão por Laura Aidar
Arte-educadora, artista visual e fotógrafa. Licenciada em Educação Artística pela Universidade Estadual Paulista (Unesp) e formada em Fotografia pela Escola Panamericana de Arte e Design.
Carolina Marcello
Edição por Carolina Marcello
Mestre em Estudos Literários, Culturais e Interartes e licenciada em Estudos Portugueses e Lusófonos pela Faculdade de Letras da Universidade do Porto. Apaixonada por leitura e escrita, produz conteúdos on-line desde 2017, sobre literatura, cultura e outros campos do saber.