Ambição, poder e a realidade cruel do mundo financeiro em série que vale cada minuto da sua atenção

Ana Beatriz Furtado
Ana Beatriz Furtado
Tempo de leitura: 3 min.

Uma série envolvente que vai te fazer mergulhar nos limites da moralidade e da ambição desenfreada do mundo financeiro. É isso o que você vai encontrar na terceira temporada da série Indústria, da Max.

Desde sua estreia, a produção tem se destacado pela abordagem crua e realista dos bastidores do mercado financeiro, oferecendo um retrato honesto das pressões, dilemas e excessos que acompanham a vida dos jovens profissionais que tentam sobreviver nesse ambiente altamente competitivo.

A nova temporada continua a acompanhar as trajetórias de personagens como Harper Stern (Myha’la Herrold), Yasmin Kara-Hanani (Marisa Abela) e Robert Spearing (Harry Lawtey), enquanto eles enfrentam novos desafios, profissionais quanto pessoais.

Se nas temporadas anteriores vimos esses personagens lutando para encontrar seu lugar dentro da empresa de investimentos Pierpoint & Co., agora eles se veem em um cenário ainda mais hostil, onde as apostas são maiores e as consequências de suas decisões mais severas.

Indústria, série da Max

Uma das grandes forças de Indústria é sua capacidade de capturar a tensão constante que existe no mundo financeiro, sem poupar detalhes. A série coloca uma lupa na realidade enfrentada por aqueles que trabalham nesse setor: jornadas exaustivas, uma cultura de trabalho tóxica, e a constante necessidade de provar seu valor.

A personagem Harper, por exemplo, tem sua jornada marcada por uma busca incessante por validação e poder, o que a leva a tomar decisões moralmente questionáveis. A complexidade de Harper é um reflexo do que a série entrega de melhor: personagens tridimensionais, cujas falhas e virtudes se misturam, criando uma narrativa envolvente.

Imagem de cena da série Indústria, da Max

Yasmin, por outro lado, enfrenta a luta por reconhecimento em um ambiente onde as desigualdades de gênero são flagrantes. Sua trajetória nesta temporada toca em questões profundas sobre identidade, privilégio e o preço do sucesso.

Já Robert continua a lutar contra seus próprios demônios, enquanto tenta manter uma fachada de confiança e controle em um mundo onde qualquer sinal de fraqueza pode ser fatal.

O mundo real refletido na ficção

Além de entreter, Indústria oferece uma crítica sutil, mas afiada, ao mundo das finanças. A série mostra como a busca pelo sucesso pode corroer a moralidade e distorcer a realidade. As decisões dos personagens são frequentemente motivadas por uma mistura de medo, ambição e desejo de poder.

Indústria, série da Max

Esta temporada também introduz novos personagens e subtramas que ampliam o escopo da série. A introdução de novas figuras de poder e as alianças incertas que se formam acrescentam camadas adicionais à narrativa, mantendo o espectador constantemente em estado de alerta.

Indústria continua a se destacar não apenas pelo seu roteiro inteligente e personagens bem construídos, mas também pela sua estética visual. A cinematografia, marcada por tons frios e ambientes opressivos, contribui para a atmosfera claustrofóbica que permeia a série. A trilha sonora também desempenha um papel crucial, intensificando os momentos de tensão e refletindo o estado emocional dos personagens.

No geral, a série não apenas explora o glamour superficial desse universo, mas também mergulha nas suas sombras mais profundas. Para os fãs de dramas intensos e bem construídos, Indústria é uma obra obrigatória que continua a entregar histórias que são tão cativantes quanto perturbadoras.

Ana Beatriz Furtado
Ana Beatriz Furtado
Jornalista, especializada em produção de conteúdo de entretenimento para o mercado digital. Foi repórter do Jornal do Brasil onde assinava uma coluna de moda e beleza e trabalhou por 5 anos no entretenimento da TV Globo.