5 contos de fadas que ninguém deveria contar para as crianças
Embora encantem crianças e adultos com suas fantasias, os contos de fadas guardam segredos obscuros. Criados no século XVII para transmitir lições de moral, muitos deles, originalmente, eram bem mais sombrios do que as versões que conhecemos atualmente.
Violência, crueldade e vingança eram frequentes nessas histórias, criadas por autores como os Irmãos Grimm e Hans Christian Andersen. Apesar de bizarras, essas fábulas nos ajudam a entender sobre cultura e os valores das sociedades europeias antigas.
Confira agora cinco contos de fadas que assustariam qualquer criança.
Barba Azul: assassinatos em série
O conto Barba Azul é um dos poucos contos de fada que ainda pode ser encontrado, atualmente, em uma versão nada adequada para crianças. A história de Charles Perrault fala sobre um homem de reputação sinistra que, mesmo com várias esposas desaparecidas, consegue conquistar a mão de mais uma donzela.
Após o casamento, a jovem fica sozinha em casa com uma única orientação: não entrar em um dos cômodos do castelo. Curiosa, ela não resiste e entra no local e encontra os corpos das outras esposas, pendurados em ganchos. Quando descoberta, quase se torna mais uma vítima, mas consegue escapar do vilão com a ajuda de seus irmãos.
A Amoreira: macabro é pouco
Esse conto macabro dos Irmãos Grimm é pouco conhecido no Brasil e narra uma tragédia familiar de arrepiar os cabelos. Nela, a segunda esposa de um homem tem raiva de seu enteado, fruto do casamento anterior. Ela o mata, ao deixar cair uma pesada tampa de uma caixa sobre sua cabeça.
E, acredite, a história ainda piora. Para ocultar o crime, a mulher simplesmente prepara um assado do menino e o serve para a família. A irmã junta os ossos e coloca sob a amoreira, onde o rapaz se transforma em um pássaro que cantava a bizarra melodia:
Minha mãe me matou.
Meu pai me comeu.
Minha irmã Marleninha
meus ossos juntou.
Num lenço de seda os amarrou.
debaixo da amoreira os ocultou.
Piu, piu, que lindo pássaro sou!
A Pequena Sereia: ela morre no final (spoiler)
Um dos contos de fadas mais populares na atualidade, a versão original de A Pequena Sereia, de Hans Christian Andersen, não é nada encantadora. Para se transformar em humana, a jovem precisa ceder a sua voz e sua língua para a Bruxa do Mar. Além disso, tem que lidar com dores como se pisasse em facas a cada passo que der.
Na versão menos romântica, a vilã concede a ela apenas três dias para conquistar o príncipe. Se não conseguisse, a mocinha viraria espuma do mar.
E esse conto não tem final feliz: o príncipe só a vê como amiga. Para se salvar da maldição, ela teria que matá-lo, mas se sacrifica por amor e acaba virando espuma.
Os Cisnes Selvagens: perigo nos detalhes
Se comparado aos dois contos de fadas anteriores, este pode parecer mais leve. No entanto, nos detalhes esconde questões sérias. Escrito por Hans Christian Andersen, Os Cisnes Selvagens narra a história de 11 irmãos, transformados em cisnes por sua madrasta.
A única que pode salvá-los é sua irmã Elisa, que precisa tecer 11 camisas de urtiga enquanto se mantém em silêncio durante seis anos. Ao longo da narrativa, a jovem é acusada de bruxaria e quase é queimada viva na fogueira.
Além disso, a vilã tinha o hábito de esfregar noz na pele da garota, para escurecê-la e deixá-la “feia”. Algo bastante inadequado e racista. Outro ponto grave é que, ao final da história, a moça acaba se casando com um rei, bem mais velho, que quando a conhece a chama de “doce menina”.
Cinderela: final nada feliz para as irmãs
Outro conto de fadas adorado por crianças e adolescentes com uma versão original um pouco mais tensa. Na história criada pelos Irmãos Grimm, a jovem é uma órfã sofrida explorada pela madrasta, assim como na versão mais famosa.
No entanto, as meias-irmãs da moça também sofrem. Quando o príncipe visita às casas à procura de seu amor, elas cortam seus dedos e os calcanhares em vão para que os pés caibam no sapato. Além disso, no casamento de Cinderela, as duas ficam cegas, ao receberem bicadas pombas nos olhos. Trágico, não?
E aí, já conhecia essas histórias ou suas versões nada infantis?
Veja também:
