Lendas urbanas brasileiras: 5 histórias assustadoras que marcaram gerações
A lendas urbanas fazem parte do imaginário brasileiro e atravessam gerações. Essas histórias, cercadas de mistério e medo, viralizaram principalmente nas décadas de 80 e 90. Contadas nas escolas ou nas próprias casas por familiares, são lendas muito comuns entre as crianças e adolescentes.
Essas narrativas fantásticas misturam o desconhecido e a curiosidade, ingredientes que tem o potencial de assustar muitas pessoas. Conheça algumas das mais famosas lendas urbanas brasileiras.
1. O boneco do Fofão
Nos anos 80 o programa infantil Balão Mágico fazia muito sucesso. Entre seus personagens estava o carismático Fofão, interpretado pelo humorista Orival Pessini. Mais tarde Fofão chegou a ter seu próprio programa, a TV Fofão.
Percebendo a popularidade do personagem, a fabricante de brinquedos Mimo teve a ideia de produzir um boneco do Fofão. A lenda que se criou em torno do brinquedo era de que dentro dele estava escondida uma faca ou um punhal. Assim, muitos pais e crianças acreditaram que o boneco (e o personagem) era um ser maligno.
2. O disco e a boneca da Xuxa
Outra lenda urbana que se disseminou nos anos 80 e 90 foi sobre a apresentadora Xuxa Meneghel, que era o maior ícone voltado para o público infantil da televisão brasileira. De tempos em tempos, Xuxa lançava discos com músicas que ela apresentava em shows e no seu programa. Aos poucos foi surgindo uma lenda de que os LPs dela estavam repletos de mensagens subliminares.
Uma das músicas que ficou conhecida como uma "invocação ao demônio" quando tocada ao contrário é a famosa Ilariê. Outra canção que foi alvo de críticas e desconfiança é Doce Mel.
Como se não bastasse, a boneca da apresentadora também se tornou personagem de uma lenda urbana. Diziam que quando anoitecia, o brinquedo, em tamanho maior do que a maioria das bonecas, ganhava "vida" a arranhava as crianças.
Assim, muitas pessoas na época acreditaram que a artista teria feito um pacto com o demônio. Todas essas ideias, obviamente não passam de fantasia e imaginação.
3. Homem do Saco
Quem foi criança na década de 90 certamente já ouviu "Se comporta, não fica sozinho na rua que o homem do saco te leva embora!".
Segundo a lenda, o "Homem do Saco" seria um velho com um saco nas costas que vaga pela cidade em busca de crianças desobedientes e as coloca dentro do saco para nunca mais serem vistas. Em alguns lugares, essa figura também é conhecida como Papa-figo, pois, além de levar as crianças, ele comeria seus fígados.
A lenda é antiga e também assusta crianças em diversas partes do mundo, sendo usada para disciplinar os pequenos e alertá-los para que tomem cuidado e não falem com estranhos.
4. Maria Sangrenta e Loira do banheiro
Maria Sangrenta é uma lenda urbana que no Brasil se confunde com a da "loira do banheiro". A história conta sobre o espírito de uma mulher que teria morrido de forma cruel e volta para atormentar os vivos. Nos EUA é chamada de Bloody Mary.
Segundo se conta, se uma pessoa chamar o nome da moça três vezes na frente de um espelho, ela aparece toda ensanguentada. Há quem acredite na versão da "loira do banheiro", o fantasma de uma moça jovem toda vestida de branco que aparece com um algodão no nariz ou na boca depois de ser chamada e da descarga do vaso sanitário ser acionada três vezes.
5. Brincadeira do Copo (e do compasso)
Uma lenda urbana que assombrou muitas crianças e adolescentes há décadas atrás (e talvez continue causando medo até hoje) é a da brincadeira do copo. Houve uma época em que essas "brincadeiras" eram realizadas nas escolas e muitos estudantes saíam atordoados da experiência.
A prática consiste em invocar espíritos que ainda estão presos a esse plano através de um copo d'água e letras do alfabeto dispostas ao redor. O copo seria então movido até as letras e os espíritos poderiam se comunicar com os vivos. Existe ainda a versão com o compasso e outros objetos.
Apesar da ciência explicar o fenômeno de forma racional, essa é um ritual que segue a doutrina espírita e muitas pessoas acreditam realmente em sua veracidade e em consequências desastrosas. Já foram relatados casos de crianças internadas com crises de ansiedade após realizarem a brincadeira. Por isso, não é uma prática recomendada.
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