Na Netflix: esse filme super premiado poderia ter sido um fracasso, mas tudo mudou na última hora

Bohemian Rhapsody é a cinebiografia do lendário cantor Freddie Mercury e narra a ascensão meteórica da banda Queen. Sucesso de crítica e de público, o longa se tornou um dos filmes biográficos de maior bilheteria da história, arrecadando quase US$ 1 bilhão (R$ 5.2 bilhões) em todo o mundo.

Além da trilha sonora repleta de sucessos do grupo inglês, a atuação de Rami Malek, como o vocalista, se tornou um dos destaques da produção. O ator conseguiu reproduzir com perfeição os trejeitos e movimentos feitos pelo cantor, tanto no dia a dia quanto nas apresentações.

Para aperfeiçoar os gestos, Malek teria tido aulas com a coreógrafa britânica Polly Bennett durante a preparação para o personagem. O resultado de tamanha dedicação não poderia ter sido diferente: ele conquistou o prêmio de melhor ator nas principais premiações do cinema. Entre elas, o Oscar, o Globo de Ouro, o BAFTA e o SAG Award.

No entanto, por muito pouco o norte-americano de origem egípcia quase ficou de fora da produção. Isso porque o primeiro escolhido para viver Freddie Mercury nas telonas foi o comediante britânico Sacha Baron Cohen.

Marcado por fazer pegadinhas e pelo icônico personagem Borat, Cohen não teria convencido a direção com a sua atuação. O que garantiu a Malek o papel de sua carreira.

Se quiser conferir a premiada interpretação, Bohemian Rhapsody está disponível na Netflix e no Disney +.

Filme que todos deveriam ver

Independentemente de ser fã do Queen ou não, Bohemian Rhapsody é um filme que deveria ser visto por todos. Afinal, conta a história de uma das bandas de rock mais relevantes da história da música dos últimos tempos.

A produção narra desde os primórdios do grupo, em Londres, até a sua consagração como um dos maiores nomes do rock mundial. Centrado na figura excêntrica do vocalista, retrata os momentos de tensão entre os membros da banda, as crises pessoais de Freddie e sua busca por identidade em meio à fama e ao sucesso.

E, claro, a trilha sonora é embalada por sucessos do grupo, como "Bohemian Rhapsody", "We Will Rock You" e "We Are the Champions".

O filme recria com maestria os shows icônicos, onde Rami Malek reproduz cenas e gestos de Mercury que foram imortalizadas ao longo de sua carreira. Além disso, houve o esforço da produção em reproduzir algumas situações, cenários, figurinos e penteados meticulosamente.

É basicamente parte da história da música sendo contada da forma mais fiel possível sob a forma de um filme.

Ficção x realidade

Apesar de todo o esforço para reproduzir a história da maneira mais fiel possível, há algumas narrativas que precisaram ser alteradas para fazerem sentido no formato cinema. Abaixo, citamos algumas delas.

Batalha conta o HIV

A forma como Freddie Mercury divulgou ao mundo que enfrentava uma contra o HIV/AIDS foi adaptada na ficção. Se no filme, ele revela sua luta ao grupo antes do grande show no Live Aid, na vida real, ele fez uma declaração pública sobre seu estado de saúde somente um dia antes de sua morte, em 1991.

Amizade antes do Queen

No enredo do filme, Freddie Mercury conhece Roger Meddows-Taylor e Brian May após um show em que o vocalista Tim Staffel da então banda Smile havia decidido sair do projeto. Na realidade, Freddie e Tim eram amigos de longa data e quando Mercury viu a oportunidade, o substituiu, dando início a uma trajetória lendária.

Construíram um estádio

Ou quase isso. Como o Estádio de Wembley, na Inglaterra, onde foi realizado o Live Aid, foi demolido em 1985, a produção do filme teve que recriar parte do local para gravar o show mais marcante da carreira da banda.

Mais do que o palco idêntico, tiveram que reconstruir parte da estrutura do lugar em um campo de aviação.