O filme que está dominando a Netflix te convida a desvendar série de assassinatos e vai te deixar paralizado
O que você faria se recebesse um cartão-postal momentos antes de descobrir que seus entes queridos foram brutalmente assassinados? Esse é o ponto de partida de Postais Mortíferos (The Postcard Killings), o thriller que chegou ao top 10 da Netflix e também está disponível na Prime Video.
Com uma trama envolvente, o filme conduz o espectador por um caminho sombrio, repleto de suspense, arte macabra e uma sede insaciável por justiça.
Postais Mortíferos é baseado no best-seller homônimo de James Patterson e Liza Marklund e nos leva ao universo do detetive Jacob Kanon (interpretado por Jeffrey Dean Morgan), um homem atormentado pela perda de sua filha e genro, brutalmente assassinados durante a lua de mel em Londres.
O luto de Jacob, no entanto, logo se transforma em uma busca obsessiva por respostas quando ele descobre que sua tragédia familiar faz parte de uma série de assassinatos ocorrendo por toda a Europa, sempre envolvendo casais recém-casados.
À medida que Jacob se aprofunda na investigação, ele encontra uma constante inquietante: antes de cada assassinato, um cartão-postal enigmático é enviado para um jornalista local.
Essa peculiaridade macabra não é a única característica que une os crimes. Os corpos das vítimas são dispostos como se fossem recriações de obras de arte famosas, uma sinistra homenagem ao mundo da pintura e da escultura. Cada cena de crime é cuidadosamente orquestrada, misturando beleza e horror de uma forma perturbadora.
Para Jacob, essa investigação é mais do que um simples caso. É uma questão de honra, vingança e dor. Ele é um detetive consumido pela própria angústia, determinado a encontrar os responsáveis pelos assassinatos.
No entanto, essa jornada o leva a um submundo de segredos e conspirações, onde as pistas são escassas e as respostas, cada vez mais evasivas. Acompanhar Jacob nesta busca é uma montanha-russa emocional, que oscila entre a raiva, o desespero e a esperança de justiça.
Uma das grandes qualidades de Postais Mortíferos é a forma como ele constrói seu suspense. O filme não se apressa em entregar todas as respostas, e a tensão cresce a cada nova descoberta. O diretor Danis Tanovic, vencedor do Oscar pelo filme Terra de Ninguém, conduz a trama com precisão, equilibrando momentos de reflexão com cenas de ação e horror gráfico.
A interpretação de Jeffrey Dean Morgan é um dos destaques do filme. Conhecido pelo seu papel como Negan na série The Walking Dead, Morgan traz profundidade e intensidade ao personagem de Jacob, fazendo com que o público sinta sua dor e desespero em cada cena.
Ele é acompanhado pela atriz Famke Janssen, que interpreta Valerie Kanon, a mãe da jovem assassinada. Juntos, eles formam uma dupla complexa, lidando com o luto de maneiras diferentes, mas igualmente intensas.
Além disso, o filme se destaca por sua estética visual. As recriações de obras de arte com os corpos das vítimas são, ao mesmo tempo, belas e horripilantes. Essa dualidade entre o artístico e o grotesco permeia todo o filme, criando uma atmosfera única de beleza sombria. Cada cena parece ser cuidadosamente planejada para deixar o público desconfortável, mas fascinado, como se estivesse assistindo a uma exposição de arte macabra.
O roteiro, baseado no romance de James Patterson, é inteligente e envolvente. A trama se desenrola como um quebra-cabeça, onde cada peça se encaixa lentamente até o chocante desfecho. O filme oferece várias reviravoltas, e o espectador é constantemente desafiado a tentar adivinhar o que acontecerá a seguir.
Se você é fã de thrillers psicológicos e de mistérios intrincados, Postais Mortíferos é uma escolha imperdível. O filme vai além do típico drama de investigação policial, oferecendo uma narrativa que combina emoção, arte e horror de maneira impressionante. P